FICHA INFORMATIVA - Reproduzido de: Abordagem Policial - Autor: Danillo Ferreira - Publicação: 11/04/2011 - Imagem: Montagem sobre imagens retiradas do Google Image.
Leia a Matéria Completa no Site de Origem: Clique Aqui
O policial “ou se corrompe, ou
se omite, ou vai para a guerra”: este é o ensinamento deixado pelo
célebre filme Tropa de Elite, ao discutir a postura ideal do policial
frente aos mandos e desmandos vigentes no “sistema” de segurança
pública, do qual a polícia é um agente expressivo e central, mas não
único. Frente às possibilidades de engajamento individual de cada
policial durante sua atuação, chegamos à questão: até que ponto é válida
a dedicação ao serviço? Quando devemos nos eximir de atuar na dinâmica
social em que estamos inseridos?
Nunca devemos esquecer que
estamos sujeitos a uma série de normas que nos obrigam a sermos agentes
que devem intervir em algumas ocasiões. Neste contexto, ser omisso
significa infringir a lei, e estar vulnerável à proporcional punição,
caso a falha seja descoberta. Para o policial que possui a mínima
intenção de se manter juridicamente inatacável, omitir-se não é uma
postura querida.
Além disso, há o problema moral.
Existe uma passagem que conta a estória de um médico que, do alto da
sua omissão, atrasa o atendimento a uma urgência, para fazer algo
pessoal. O paciente, por falta de atendimento em tempo hábil, acaba
morrendo no corredor do hospital. O médico, ao ir verificar
despreocupadamente o paciente falecido, acaba se dando conta que se
tratava de seu filho, que sofrera um acidente de trânsito, e fora
socorrido àquele hospital.
A ilustração pode perfeitamente
se aplicar ao atendimento de uma ocorrência, e mesmo que a vítima em
questão não seja parente ou conhecido do policial, é duma desumanidade
sem tamanho estar investido na função policial e deixar de atuar por
desídia individual.
Em relação ao treinamento e
cuidados com a segurança no desempenho do serviço, existe a
peculiaridade do zelo por si próprio. É temeroso se deixar defasar
tecnicamente em virtude da omissão do estado, e é perversa a corporação
policial que deixa seus homens precariamente instruídos e educados no
sentido de diminuir os riscos inerentes à profissão.
Por outro lado, há os que querem
justificar ações de abuso da força e até execuções extrajudiciais sob o
ponto de vista da “salvação da sociedade”. Se sujeitam à possibilidade
da vergonha pública, sendo tratados como criminosos (e, a rigor, não são
menos que isso) e da pena que a justiça irá lhes impor. O policial que
pensa deste modo, em se utilizar da ilegalidade alegando prestar um
serviço à sociedade, ou são ingênuos ou são maldosos, por quererem
justificar outro tipo de interesse de maneira “nobre”.
Os limites estão aí: a lei e a
vida. Transpor o que a legalidade determina é temeroso e possivelmente
trágico. Se omitir e expor a vida própria e dos demais é imoral e
condenável. A produtividade, neste contexto, é proporcional aos meios
oferecidos – ir além disso é se utilizar de expedientes escusos. A linha
da atuação policial ideal é tênue, e mais complexa do que o “se omitir,
corromper ou ir para a guerra”, mas é ela que temos que perseguir, ou
seremos lançados à inusitada condição de culpados – por excesso ou
escassez de atuação.
Fonte : BLOG TOXINA.
Postado por : RONDA MGR.




















0 comentários:
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opiniões de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião do RONDA MGR NEWS.