Posto Policial Koban no Japão.
Posto Policial e vitatura do Koban no Japão.
Camila Fernandes/Rachel Duarte - São Paulo(SP) - 06/09/2011, em artigo publicado no FBSP
Renovada no final de 2010 pelo Ministério da Justiça, a cooperação
técnica entre o Brasil e o Japão está ampliando o alcance de uma nova
filosofia de policiamento nos Estados brasileiros.
O sistema Koban, doutrina de policiamento comunitário aplicada nas
províncias japonesas, é aplicado em 11 Estados da federação. O modelo é
novo, mas experiências de polícia de proximidade já ocorrem no Brasil há
mais tempo. O exemplo mais consolidado são as Unidades de Policia
Pacificadora (UPPs) nas favelas do Rio de Janeiro. No entanto, para o
secretário geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio
de Lima, os avanços já alcançados com a pacificação dos morros cariocas
podem retroceder. “Temos que pensar como a ordem pública é constituída.
Nos aglomerados e favelas, ou outro nome que dão para estas áreas no
país, não se trata apenas de polícia”, alerta.
Para ampliar o conhecimento sobre este método e orientar os Estados que
já desenvolvem um trabalho de polícia de proximidade, os governos
federal e estadual promoveram, na semana passada, o III Seminário
Nacional de Policiamento Comunitário.
O inspetor da polícia nacional do Japão, Koichi Marauyama, explicou
porque o modelo existente há 140 anos no Japão conseguiu reduzir os
homicídios para apenas 20 casos em um ano na província de Kyoto. “A
visita comunitária dos policiais nas casas das pessoas possibilita a
coleta de informações sobre o bairro e a região, o que auxilia na
resolução de muitos casos de criminalidade. É a principal atividade do
Koban”, salientou o inspetor japonês.
Os “Kobans” são postos de polícia com pouco efetivo e construídos em
meio aos bairros de 47 províncias. Com arquitetura similar a de uma
residência, as unidades substituem a imagem das delegacias e aproximam
os moradores. “A diferença é uma luz vermelha na frente do Koban e a
presença de dois policiais 24 horas em frente ao posto fazendo vigília”,
disse Marauyama.
Outra característica do sistema japonês é a participação de voluntários
da comunidade que ajudam no trabalho da polícia. Sem remuneração, eles
promovem o cuidado com a segurança de crianças em escolas, orientam
jovens e identificam alertas de furtos em bicicletas – meio de
transporte muito utilizado no Japão. Os estabelecimentos comerciais
também são parceiros no trabalho da segurança pública japonesa. “Eles
exibem placas dos serviços da polícia e divulgam comunicados importantes
sobre algum crime que queremos alertar”, falou.
Leia o texto completo no site do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, clicando aqui.
Fonte: http://toxina1.blogspot.com/
Postado por : RONDA MGR
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