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domingo, 11 de setembro de 2011

BRASIL BUSCA NO JAPÃO MODELO DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

Posto Policial Koban no Japão.
 Posto Policial e vitatura do Koban  no Japão.

Camila Fernandes/Rachel Duarte - São Paulo(SP) - 06/09/2011, em artigo publicado no FBSP
Renovada no final de 2010 pelo Ministério da Justiça, a cooperação técnica entre o Brasil e o Japão está ampliando o alcance de uma nova filosofia de policiamento nos Estados brasileiros.

O sistema Koban, doutrina de policiamento comunitário aplicada nas províncias japonesas, é aplicado em 11 Estados da federação. O modelo é novo, mas experiências de polícia de proximidade já ocorrem no Brasil há mais tempo. O exemplo mais consolidado são as Unidades de Policia Pacificadora (UPPs) nas favelas do Rio de Janeiro. No entanto, para o secretário geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, os avanços já alcançados com a pacificação dos morros cariocas podem retroceder. “Temos que pensar como a ordem pública é constituída. Nos aglomerados e favelas, ou outro nome que dão para estas áreas no país, não se trata apenas de polícia”, alerta.

Para ampliar o conhecimento sobre este método e orientar os Estados que já desenvolvem um trabalho de polícia de proximidade, os governos federal e estadual promoveram, na semana passada, o III Seminário Nacional de Policiamento Comunitário.

O inspetor da polícia nacional do Japão, Koichi Marauyama, explicou porque o modelo existente há 140 anos no Japão conseguiu reduzir os homicídios para apenas 20 casos em um ano na província de Kyoto. “A visita comunitária dos policiais nas casas das pessoas possibilita a coleta de informações sobre o bairro e a região, o que auxilia na resolução de muitos casos de criminalidade. É a principal atividade do Koban”, salientou o inspetor japonês.

Os “Kobans” são postos de polícia com pouco efetivo e construídos em meio aos bairros de 47 províncias. Com arquitetura similar a de uma residência, as unidades substituem a imagem das delegacias e aproximam os moradores. “A diferença é uma luz vermelha na frente do Koban e a presença de dois policiais 24 horas em frente ao posto fazendo vigília”, disse Marauyama.

Outra característica do sistema japonês é a participação de voluntários da comunidade que ajudam no trabalho da polícia. Sem remuneração, eles promovem o cuidado com a segurança de crianças em escolas, orientam jovens e identificam alertas de furtos em bicicletas – meio de transporte muito utilizado no Japão. Os estabelecimentos comerciais também são parceiros no trabalho da segurança pública japonesa. “Eles exibem placas dos serviços da polícia e divulgam comunicados importantes sobre algum crime que queremos alertar”, falou.

Leia o texto completo no site do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, clicando aqui.
 
 
Postado por : RONDA MGR

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