Oficializada
este mês no Estado, mas iniciada em junho, a Campanha Nacional do
Desarmamento não tem conseguido atender o objetivo de retirar armas e
munições do meio da população. Até o momento cerca de 30 armas e algumas
munições foram entregues espontaneamente na sede da Polícia Federal
(PF).
De acordo com o delegado da PF, Francisco Martins, a quantidade de armas e munições recebida é menor do que o esperado. Para ele, o baixo índice de entrega é porque falta vontade na população em se desarmar. Ele acredita que a maioria das pessoas que quer entregar suas armas fez isso nas campanhas anteriores.
“A campanha do desarmamento acontece o ano inteiro, apenas intensificamos a ação em alguns períodos do ano, mas tanto na sede da Polícia Federal como na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF) as pessoas podem entregar as armas quando quiserem. Não é preciso esperar as propagandas aparecerem na TV, rádio ou jornal para entregar as armas”, explica.
Até dezembro quando a campanha será encerrada oficialmente, o delegado Martins espera que pelo menos 50 armas sejam entregues na sede da PF. Ele lembra que antes de fazer a entrega é importante retirar uma guia de trânsito para o transporte da arma.
Essa guia pode ser obtida no site da PF, www.dpf.gov.br, ou na própria sede da PF. Com ela, o transporte da arma de fogo pode ser feito de forma legal e caso haja alguma abordagem da polícia o cidadão não será preso por porte ilegal de arma, previsto no Estatuto do Desarmamento – Lei n.º 10.826/03.
Além de estar com a guia preenchida com as informações da arma, é importante que a mesma esteja descarregada e embalada. O delegado avisa que apenas a identificação da arma interessa a polícia. Ele garante que não é preciso que o proprietário da arma ou a pessoa que está fazendo a entrega se identifique.
“Ela não precisa sequer dizer como ou quando conseguiu a arma. Tentamos deixar o cidadão mais a vontade possível para que ele não sinta medo de entregar sua arma. E se for entregar alguma munição é importante que ela seja transportada separadamente da arma”.
Para incentivar a entrega das armas, Francisco Martins avisa que quem entregar será beneficiado financeiramente. Os valores pago pelas armas variam de R$ 100,00 a R$ 300,00 e a pessoa pode pegar o dinheiro em qualquer agência ou caixa eletrônico do Banco do Brasil. O valor pago varia de acordo com o calibre e com o estado de conservação da arma.
Para receber o dinheiro pela entrega, o delegado explica que ao chegar à unidade credenciada mais próxima para o recolhimento da arma, o cidadão receberá um protocolo do Banco do Brasil, composto de 16 dígitos, e uma senha de quatro dígitos, única e intransferível, que ele mesmo cadastrará na hora. De posse deste documento, o cidadão deve se dirigir a uma das agências ou caixas eletrônicos do Banco do Brasil e sacar o dinheiro.
A atual campanha é a terceira realizada pelo Ministério da Justiça. Nas duas campanhas anteriores (em 2003/2004 e 2008/2009) foram recolhidas 550 mil armas de fogo no País.
Com informações do repórter Fidel Nunes
Foto: Ednilto Neves/Gazeta do Oeste
Postado por : RONDA MGR
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