Todos os documentos têm se ser digitados e encaminhados à Polinter
O grande volume de alvarás de soltura que têm de ser emitidos pela Auditoria Militar para libertar os 439 bombeiros presos causou uma pane no sistema do órgão nesta sexta-feira (10). Com isso, todos os documentos estão sendo digitados individualmente, de acordo com a assessoria de imprensa TJ (Tribunal de Justiça). O procedimento deve atrasar a libertação dos detidos, que deve se arrastar para a madrugada de sábado (11).
O grande volume de alvarás de soltura que têm de ser emitidos pela Auditoria Militar para libertar os 439 bombeiros presos causou uma pane no sistema do órgão nesta sexta-feira (10). Com isso, todos os documentos estão sendo digitados individualmente, de acordo com a assessoria de imprensa TJ (Tribunal de Justiça). O procedimento deve atrasar a libertação dos detidos, que deve se arrastar para a madrugada de sábado (11).
De
acordo com a assessoria de imprensa do TJ, os alvarás começaram a ser
confeccionados na tarde desta sexta. Após todos ficarem prontos, serão
encaminhados para a Polinter, órgão da Polícia Civil que vai verificar
se há algum bombeiro procurado pela Justiça.
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros
- muitos acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel
Central da corporação, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que
havia começado no início da tarde em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950
para R$ 2.000 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de
paralisações e manifestações desde o início de abril. Seis líderes dos
movimentos chegaram a ser presos administrativamente em maio, mas foram
liberados.
Diante do clima de tensão no Quartel Central,
repetidos apelos feitos pelo comandante-geral da Polícia Militar,
coronel Mário Sérgio Duarte, para que os manifestantes retornassem às
suas casas foram ignorados e bombeiros chegaram a impedir que colegas
trabalhassem diante dos chamados de emergência. A PM, então, com auxílio
do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), invadiu
o complexo às 6h de sábado (4). Houve disparos de arma de fogo,
acionamento de bombas de efeito moral e confrontos rapidamente
controlados. Algumas mulheres e crianças ficaram levemente feridas e foram atendidas em postos no local.
Os bombeiros foram levados presos para o Batalhão de Choque, que fica nas proximidades. De lá, 439 foram transferidos de ônibus para a Corregedoria da PM,
em São Gonçalo, região metropolitana do Estado, onde passaram a
madrugada de domingo (5). Durante a manhã, eles foram novamente
transferidos, desta vez para o quartel de Charitas, em Niterói, também na região metropolitana.
Visivelmente irritado com o "total descontrole", o governador Sérgio Cabral anunciou no sábado, após reunião de cerca de cinco horas com a cúpula do governo, a exoneração do então comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado. O cargo passou a ser ocupado pelo coronel Sérgio Simões, que era subsecretário de Defesa Civil da capital fluminense.
Cabral disse que não negocia com "vândalos" e "irresponsáveis",
alegou que os protestos têm motivação política e se defendeu dizendo que
o governo tem planos de recuperação salarial para todos os militares desde 2007.
Pressionado por dezenas de protestos e diante da grande repercussão do caso, na quinta-feira (9), o governador anunciou aumento
de 5,58 % nos salários de bombeiros, policiais militares, policiais
civis e agentes penitenciários. Para isso serão antecipados de dezembro
para julho os reajustes que já eram previstos. Ele ainda anunciou a
criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil e nomeou o comandante Simões como titular da pasta.
Na sexta-feira (10), um pedido de liberdade feito pelos deputados
federais Alessandro Molon (PT-RJ), Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e
Doutor Aluizio (PV-RJ) foi aceito pelo desembargador Claudio Brandão de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Rio. Os 439 bombeiros responderão em liberdade após serem autuados
em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viatura, dano
às instalações e por impedir e dificultar a saída para socorro e
salvamento. A pena para estes crimes varia de dois a dez anos de prisão.

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