Ao menos 12 pessoas foram presas na operação. Prejuízo a cofres públicos passa de R$ 3 mi
A
Polícia Federal desmontou nesta quinta-feira (12) uma quadrilha que
fraudava o INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) com mulheres
grávidas cadastradas como falsas domésticas na cidade de São Paulo e em
outras cidades da região metropolitana. O prejuízo estimado aos cofres
públicos é de ao menos R$ 3 milhões.
Ao
menos 12 pessoas presas, entre elas três servidores do INSS. As ações
foram realizadas na Grande São Paulo, nos municípios de São Paulo,
Barueri, Carapicuíba, Osasco, Franco da Rocha, Francisco Morato e
Guarulhos.
O
esquema funcionava assim: o grupo buscava mulheres grávidas para
filiá-las à Previdência Social na falsa condição de empregadas
domésticas. Eles recolhiam três ou quatro contribuições sociais com
valores de salários cada vez mais altos - acima de R$ 2.000 -, isso
porque o benefício é concedido com base no valor do último salário.
Em
seguida, eles requeriam o benefício de salário-maternidade. Num
período de seis meses foi identificada a concessão de cerca de 130
benefícios previdenciários com indícios de irregularidades,
intermediados pela organização criminosa.
Em
nota, a Polícia Federal diz que o prejuízo pode ser “bem maior”, pois
“há indícios de que outros benefícios fraudulentos tenham sido
concedidos, sendo agora identificados em decorrência dessa operação”.
A
investigação, chamada de Maternidade, começou em 2010 depois que o
INSS descobriu que os maiores empregadores domésticos do Estado de São
Paulo eram membros de uma mesma família.
-
Embora sendo pessoas de origem humilde, figuravam nos bancos de dados
da Previdência Social como tendo empregado até 12 empregadas domésticas
num período de dois anos, todas com salários superiores a R$ 2.000.
Num
segundo momento, a quadrilha passou a fraudar o benefício de pensão
por morte. Para isso, os integrantes da organização criminosa buscavam
dados de segurados da Previdência Social já falecidos, cujo benefício
fosse superior ao salário mínimo e que não tivessem deixado
dependentes. Há indícios de que os dados eram obtidos junto a funerárias
e redes de hospitais da Capital de São Paulo, dentre outros. Com os
dados, falsificavam documentos e requeriam o benefício de pensão por
morte. Para isso, contavam com o apoio de servidores do INSS.
Participam
da Operação “Maternidade” 135 policiais federais e 12 servidores da
Previdência Social, tendo sido cumpridos 12 mandados de prisão e 27
mandados de busca e apreensão.
As
ações foram realizadas na Grande São Paulo, nos municípios de São
Paulo, Barueri, Carapicuíba, Osasco, Franco da Rocha, Francisco Morato e
Guarulhos.
Os criminosos serão indiciados, de acordo com suas participações, e
responderão pelos crimes de formação de quadrilha (pena de 3 a 6 anos
de prisão), estelionato qualificado (pena de 1 a 5 anos de prisão
aumentada de 1/3), corrupção passiva e corrupção ativa (ambos com penas
de 2 a 12 anos de prisão) e inserção de dados falsos em sistema de
informações em bancos de dados da Administração Pública (pena de 2 a 12
anos de reclusão).
Fonte: BLOG BREJO DOS SANTOS
Postado por: RONDA MGR
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