Cena do Game Call of Duty - Modern Warfare 2 - Retirada do Google Image
FICHA INFORMATIVA - Reproduzido de: O Glogo - Autor: Thales Vianna Coutinho, psicólogo - Publicação: 10/05/2011 - Imagem: Cena do Game Call of Duty - Modern Warfare 2, retirada do Google Image.
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O
tema deste texto, definitivamente, não é uma brincadeira. Apesar de não
ser um jogador profissional, nutro grande respeito pela bilionária
indústria de jogos eletrônicos, e foi com profundo desgosto que vejo
serem feitas associações totalmente esdrúxulas (e até imorais) entre
jogar jogos violentos e agir de forma violenta. Por isso, aqui quero
defender a verdade científica por trás desta associação, que
provavelmente será desconcertante para uma grande porcentagem dos
leitores: videogames violentos não estimulam o comportamento violento.
Sei que você já ouviu milhares
de pediatras, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais,
psicopedagogos, pedagogos, professores e políticos falarem na televisão
algo totalmente contrário ao que defendo aqui, e decerto - se for pai ou
mãe - pautou a forma de criar seu filho no princípio de evitar que ele
entre em contato com jogos ou filmes violentos, pois temia que estas
mídias o "estragassem", tornando-o violento tanto quanto o personagem
dos jogos.
Tudo isso estava errado.
Convido-o agora a abandonar esta visão do senso comum e conhecer os
estudos e as revisões publicadas pelo psicólogo Christopher Ferguson,
PhD, professor da Texas A&M International University.
Através da revisão de uma série
de artigos que relacionavam o ato de jogar videogames violentos com a
manifestação de comportamentos violentos, foram encontrados muitos erros
metodológicos e de análise dos dados. Entre os erros está a ignorância
completa da chamada "terceira variável" - ou seja, nenhum destes estudos
se preocupou em considerar, investigar e isolar aspectos como traço de
personalidade, carga genética, padrões familiares, psicopatologia.
"Tudo bem, aqueles estudos não
isolaram as demais variáveis, mas teve algum que já fez isso?" Sim. Um
dos que quero comentar é o estudo realizado por Markey & Markey
(2010) do Departamento de Psicologia da Rutgers University (EUA). Neste
artigo, os pesquisadores investigaram a relação entre traços de
personalidade e a vulnerabilidade das pessoas a jogos violentos.
Concluíram que apenas os indivíduos com traços de personalidade
agressiva e psicótica eram suscetíveis aos jogos violentos. Existe
também uma investigação realizada pelo FBI (polícia federal americana)
onde concluiu-se que apenas há um sinal de alerta quando o sujeito joga
jogos violentos e seu interesse está totalmente voltado para a
violência, e não para o jogo em si. É mais ou menos como a diferença
entre "curtir a violência do jogo" e "curtir o jogo da violência". Isso
remete ao primeiro estudo, em que um fator de personalidade é necessário
para que a pessoa deturpe o sentido do jogo, amando não o conjunto da
obra, mas apenas a violência nele contida.
Por fim, Ferguson e
colaboradores (2010) analisaram a influência do videogame violento sobre
o desenvolvimento de condutas delinquentes e comportamentos de prática
de bullying em 1.254 estudantes da 7ª e 8ª série do ensino fundamental, e
concluíram que a delinquência e o bullying não têm nenhuma relação com
videogames violentos, mas sim com traço de personalidade agressivo e
nível de stress.
A importância deste texto é
desmistificar os jogos violentos, através de evidências científicas,
demonstrando que você, como pai ou mãe, pode até censurar os jogos do
seu filho, mas não faça isso pensando que assim estará evitando que ele
se torne uma pessoa agressiva. Não perca mais tempo com a ideia de que
jogos de ficção estimulam agressividade verdadeira. Observe atentamente a
realidade, veja em quais circunstâncias e de que forma seu filho
manifesta condutas agressivas nas relações sociais e se desconfiar de
que há algo errado, procure ajuda de um especialista.
A conclusão de tudo isso é que
as pessoas são influenciáveis pelos jogos, não são os jogos que
influenciam as pessoas. Quando assumimos que o problema (e a resolução
do problema) está dentro de nós, e não em algo lá fora, damos o primeiro
passo em direção à evolução pessoal.
Fonte: BLOG TOXINA.
Postado por : RONDA MGR.
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