O
brutal e inexplicável assassinato em massa praticado pelo frio e
calculista marginal, Wellington Menezes de Oliveira, contra inocentes
estudantes na flor da idade ocorrido na Escola Municipal Tasso da
Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, deixou até o
presente momento 11 famílias em eterno sofrer com a perda prematura dos
seus entes queridos em tragédia jamais esperada e esquecida. O massacre
que fez chorar todos os brasileiros e, porque não dizer, todas as
pessoas de sentimento, deixa o país de luto e mostra também a
vulnerabilidade em que todos vivemos. Facilmente o assassino adentrou na
escola dizendo ter sido convidado para dar uma palestra aos alunos,
subiu dois andares do prédio e entrou numa sala onde aproximadamente 40
alunos da nona série assistiam a uma aula, abrindo fogo contra os
estudantes que um dia esperavam vencer na vida. Da rápida ação criminosa
11 adolescentes tiveram as suas vidas interrompidas por conta de uma
pessoa totalmente insana e desprovida de qualquer sentimento de amor ou
compaixão. Alguns alunos que foram baleados estão em estado grave de
saúde devido os tiros terem acertado pontos vitais dos seus organismos e
correm sérios risco de morte ou de sofrerem seqüelas irreparáveis para o
resto das suas vidas. Após o ataque naquela sala de aula, o assassino
não satisfeito da sua sede por sangue, ainda muito bem municiado e
armado com dois revolveres calibre .38, pelo corredor tentava chegar a
escada e subir para uma conseqüente investida noutra sala, fato não
concretizado em virtude de ter encontrado no seu caminho um bravo,
corajoso e valoroso policial que o fez parar com um tiro na perna e,
este por sua vez, na sua desvairada loucura, cometeu o suicídio antes do
previsto, atirando contra a sua própria cabeça. O destemido herói, 3º
Sargento Marcos Alves, do Batalhão da Polícia Rodoviária, estava
trabalhando próximo a escola e tomou conhecimento do fato através de
dois alunos feridos acompanhados de uma professora que, em pânico,
corriam pela rua pedindo socorro. Em detrimento da sua real e nobre
missão, o Sargento logo chegou ao trágico local e impediu um massacre
maior. A carta de teor fundamentalista encontrada no bolso do assassino,
cujo texto dizem conter frases desconexas e incompreensíveis, com
menções ao Islamismo e até mesmo práticas terroristas, parece ser tão
confusa quanto o seu autor. O fato dele ter matado 10 meninas e 1 só
menino, assim como, pelo fato da maioria dos feridos também ser do sexo
feminino, comprova que o seu objetivo era matar somente elas. Os
estudantes foram atingidos por balas perdidas dos seus alvos. Teria no
Islamismo menção somente a exterminar mulheres?... Por qual razão ele
entendia que só as meninas eram pessoas impuras?... Respondo a tais
interrogações com uma motivação simples e lógica: O assassino foi
rejeitado pelas suas colegas de sala quando estudou naquela escola e por
isso criou na sua mente doentia e criminosa essa maldita vingança.
Assim, é fácil de concluir que se não fosse o grande herói, Sargento
Alves, certamente a matança seria bem maior, e além das 11 vítimas
fatais e 13 adolescentes feridas, outras tantas famílias, principalmente
oriundas das meninas estudantes, estariam chorando em desespero, pois
enquanto tivesse munição o assassino não pararia de matar para no final
praticar o tramado suicídio. Os atos do Sargento Alves, além de o
tornarem um digno herói, massageiam o ego dos verdadeiros policiais e
nos trás orgulho de ser Polícia na mais pura expressão da palavra.
*Archimedes
Marques (Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em
Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de
Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br



















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