O
tráfico de drogas na área de boates, bares e restaurantes na Rua Manoel
Augusto Bezerra de Araújo, conhecida como Rua do Salsa, em Ponta Negra,
se mantem sem reservas e com um método já conhecido pela polícia:
pastoradores de carros fazem o contato com os consumidores, intermedeiam
a venda e se encarregam da entrega.
Júnior
SantosDelegado Luiz Lucena afirma que já prendeu 15 pessoas ligadas ao
tráfico em Ponta Negra e continua com novas investigaçõesDelegado Luiz
Lucena afirma que já prendeu 15 pessoas ligadas ao tráfico em Ponta
Negra e continua com novas investigações
De
acordo com informações de um espanhol que tem visto de turista no
Brasil, a venda de drogas na região se inicia por volta das 0h30. Num
português arranhado, ele disse: “Eu não tengo droga. Non gosto, non uso.
Um amigo meu tem pó. Ele está vindo”. Neste momento, mais uma viatura
da PM passa na frente dos bares, mas não para.
Na
área externa, próximo ao estacionamento, com R$ 10 é possível adquirir
uma pedra de crack. Um papelote de cocaína chega a custar R$ 50. Pelo
transporte da drogas, os “aviões” cobram, em média, R$ 5.
Na
noite da última quarta-feira, equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE
negociou a compra de uma pedra de crack para comprovar a facilidade de
acesso a entorpecentes no local. A droga foi devolvida ao 15º Distrito
Policial, em Ponta Negra, juntamente com protocolo descrevendo todo o
procedimentos. O produto e o documento foram entregues ao Delegado Luiz
Lucena
Investigação
A Polícia não entra em detalhes para não prejudicar as investigações, mas o delegado da 15ª DP esclarece que a sua equipe “já vem realizando um trabalho” na chamada “rua do Salsa”, em Ponta Negra, para combater a prostituição e, principalmente, o tráfico de drogas, como cocaína e crack.
“Já
prendemos umas 15 pessoas. Hoje (ontem) mesmo estava finalizando um
inquérito policial sobre uma mulher que foi presa em flagrante delito
traficando crack”, disse Luiz Lucena .
O
delegado Lucena informou que a prisão da mulher, identificada como
Emanuely Lima do Nascimento, ocorreu em 5 de março, portanto, dias antes
da veiculação no programa “Fantástico”, da TV Globo, mostrando a
prostituição e o tráfico de entorpecentes na rua Manoel Augusto Bezerra
de Araújo.
Lucena
explicou que essas prisões “durante um trabalho feito pela Polícia
Civil e também pela Polícia Militar”. Ele mesmo disse que um agente de
Polícia Civil, lotado na 15ª DP, passou 30 dias fora do expediente na
delegacia, investigando o tráfico de drogas na área de Ponta Negra,
primordialmente na “rua do Salsa”.
Ele
informou, ainda, que elaborou um relatório e o enviou para o setor de
inteligências das duas Policias, com a finalidade de identificar os
fornecedores de drogas.
Estrangeiros lotam bares e boates
Ninfetas
e mulheres exibindo corpos como mercadorias. Acesso à cocaína e ao
crack mais fácil do que se imagina. Ausência de polícia e órgãos de
combate ao crime e exploração sexual. Quatro dias após a veiculação de
uma reportagem em cadeia nacional sobre a prostituição e tráfico de
drogas em Natal, nada mudou.
A
equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou, no começo da
madrugada de ontem, o complexo de bares na Rua Manoel Augusto Bezerra de
Araújo, conhecida como Rua do Salsa, em Ponta Negra. Alheias à presença
de uma equipe de reportagem, as garotas de programa se oferecem aos
turistas às vistas de quem está ao redor. Estes, por sua vez, para
aumentar o prazer do sexo, compram drogas e oxigenam o tráfico na
região.
Constatou-se
que, em conversas informais com frequentadores dos bares, que a partir
de R$ 100 é possível “sair” com uma das meninas ou mulheres. Sim, há
jovens a partir de 17 anos que frequentam o local em busca de clientes
que pagam por sexo. Quem chega cedo ao complexo de lazer não percebe o
comércio ilegal de drogas e a prostituição que ocorre sem nenhum pudor.
O
fluxo de taxis trazendo turistas, exclusivamente homens a partir dos 20
anos para os bares, aumenta a partir das 23h. É como se tudo o que
acontece tivesse horário pré-determinado. Minutos antes das 23h, um
camburão da Polícia Militar passou em frente ao complexo, mas nenhum
policial desceu do veículo.
Até à meia-noite, as prostitutas circulam entre as mesas, em busca do programa e do parceiro perfeito para aquela noite.
Os
brasileiros não são muito bem-vindos. O que é confirmado quando elas
reconhecem um e viram o rosto, como sinal de desinteresse. De acordo com
Patrícia, quando as meninas identificam que o brasileiro, mesmo sendo
turista, está interessado num programa, tentam descartá-lo.
Fonte: Tribuna do Norte
Postado por : RONDA MGR.
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